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Reabilitação Profissional renova chances de trabalho


O começo em um novo local de trabalho é um período de desafios e descobertas. Para Adriano José de Melo, de 47 anos, a sua contratação por uma escola em Fortaleza (CE) marca também seu retorno ao mercado de trabalho, após acidente que diminuiu os movimentos de um braço. “Voltei à condição de empregado porque queria muito”, conta Adriano, após concluir o Programa de Reabilitação Profissional do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Aproveitar as oportunidades e manter-se produtivo sempre foi uma característica determinante na trajetória de Adriano, desde a primeira contribuição para a Previdência Social, aos 19 anos. Quando surgiu o primeiro contrato de trabalho não havia concluído o colegial, mas fez um curso supletivo para assumir uma vaga como cobrador de ônibus. Depois foi zelador e porteiro de condomínio.

Sofreu dois acidentes de moto, o que o deixou cada vez mais distante do sonho de conquistar um novo emprego. Soube através de uma vizinha que, mesmo não estando contribuindo com a Previdência naquele momento, poderia ter direito aos benefícios previdenciários caso sua última contribuição tivesse ocorrido há menos de um ano. Ao procurar a Agência da Previdência Social Fortaleza-Centro foi surpreendido com várias informações que lhe deixaram mais tranquilo por saber que ainda era considerado, pela legislação, um segurado da Previdência Social.

Beneficiário de auxílio-doença durante onze meses, Adriano passou a ser orientado pelo Programa de Reabilitação Profissional para melhorar sua qualificação e retornar ao mercado de trabalho. “Para mim é uma renovação você se aprimorar, aprender coisas diferentes. Não gosto de ficar parado. Gosto de ocupar a mente”, conta Adriano entusiasmado.

Com o certificado de reabilitado em mãos, Adriano pode concorrer a vagas preferenciais, destinadas a pessoas com deficiência. “O Adriano sempre se mostrou muito positivo”, elogia a terapeuta ocupacional do INSS Vera Sampaio. Em parceria com um grupo educacional, ele passou por um período de experiência como inspetor de alunos e foi contratado. “No antigo emprego (porteiro de condomínio) eu passava o dia vendo apenas carros. Aqui já é diferente. Vejo carros e pessoas”, conta com fala calma e amigável.

Ele agora conta com trabalho remunerado e plano de saúde, e avalia a grande diferença que é ter uma remuneração. “Quando estou trabalhando, estou exercendo uma profissão. Posso fazer contas, tirar um cartão de crédito, porque sei que vou ter um salário pra honrar com meus compromissos. Eu nunca comprei nada porque tinha medo de perder meu beneficio e não conseguir pagar”, diz.

Agora que está de volta à condição de contribuinte, ele vai continuar contribuindo para no futuro, ter direito a outros benefícios, como a aposentadoria. Mas pra isso ela não tem pressa. “Eu sei que é um direito que eu tenho. Se um dia eu precisar parar, que seja”, comenta.

Diferencial – Na escola onde Adriano trabalha, há mais 52 pessoas com deficiência (PCD) empregadas em funções diversas. “O reabilitado já teve oportunidade na vida dele de estudar, de ter experiência, de se qualificar. Então ele é um profissional pronto. Já vem com característica de um profissional mais preparado e consciente da rotina e do dia a dia de trabalho”, afirma a analista de Recursos Humanos Rafaela Benevides.

Enquanto isso, na Agência da Previdência Fortaleza-Centro, a equipe de Reabilitação Profissional comemora a conquista do segurado e busca novas empresas para encaminhar os reabilitados. “O sucesso do segurado é o sucesso do nosso trabalho”, acrescenta a orientadora profissional Vera Sampaio. (ACS/CE)

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