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PREVIDÊNCIA SOCIAL: Intérprete da etnia Tikuna facilita atendimento na Agência em Tabatinga, no Amaz

A indígena Angelina Moçambite Manoel, 18 anos, pertencente à etnia Tikuna, tem auxiliado os servidores da Agência da Previdência Social (APS) Tabatinga (AM) no atendimento aos indígenas que procuram aquela unidade, atuando como intérprete. Ela é a nova estagiária da APS.

Em Tabatinga (AM), município amazonense localizado na fronteira com a Colômbia, a 1.200 quilômetros de Manaus, os trabalhadores rurais que se dirigem à Agência da Previdência Social em busca de benefícios previdenciários são, na sua maioria, indígenas das etnias Tikuna, Kokama, Kaixana. São 90% do atendimento.

Esses segurados especiais não falam português, somente o dialeto de suas respectivas tribos, fato que dificultava o diálogo com servidores da Previdência Social. Até mais recentemente, eles eram auxiliados por servidores da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) que atuavam como intérpretes, intermediando a conversa entre os responsáveis pelo atendimento e os indígenas.

Como nem sempre era possível contar com o representante da FUNAI no atendimento, os servidores buscaram como alternativa para solucionar o problema de comunicação com os indígenas a contratação de estagiário de nível médio indígena, para fazer a tradução dos diálogos entre servidores e índios.

Seleção – Com o apoio da FUNAI, servidores do INSS estiveram na Escola Estadual Indígena Almirante Tamandaré, localizada na Comunidade Indígena Umariaçu II e solicitaram ao diretor a indicação de candidatos ao estágio na Agência da Previdência Social em Tabatinga.

A selecionada foi a jovem Angelina pertencente à etnia Tikuna, que cursa o 2º ano do ensino médio, fala bem a língua portuguesa e o dialeto Tikuna, além de ter os cursos básico e avançado de informática.

Desde a sua chegada, a dificuldade de comunicação entre servidores e indígenas foi totalmente superada, uma vez que além das atribuições relativas ao seu estágio, Angelina ajuda na importante tarefa de intermediar os diálogos com os indígenas que buscam o reconhecimento do seu direito previdenciário.

Segundo relato da perita médica, Therezinha Cardoso, que no momento está atuando nas comunidades indígenas da região, “o auxílio de um intérprete facilita o entendimento das queixas clínicas dos indígenas, por ocasião do exame pericial, permitindo assim o reconhecimento do direito ao benefício”, adiantou.

Indagada sobre o que pensa da oportunidade de atuar como intérprete, a estagiária Angelina disse estar feliz, principalmente, porque traduzindo as conversas pode ajudar o seu povo a comprovar a condição de segurado e especial da Previdência Social e ainda porque, como estagiária do INSS, pode participar do esforço para o reconhecimento do direito previdenciário de moradores das comunidades indígenas do Alto-Solimões (SCS/AM).

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